Ucrânia. Miranda Sarmento apoia empréstimo com ativos russos congelados

Ainda não há acordo entre os 27 da União Europeia para que os ativos russos congelados possam ser usados para apoiar a guerra na Ucrânia.

Andrea Neves - Antena 1 (Bruxelas) /
Foto: Olivier Matthys - EPA

Os ministros das Finanças estiveram reunidos, em Bruxelas, mas a Bélgica continua a exigir garantias e solidariedade dos outros Estados-membros no caso de ter que devolver os ativos, no valor de 170 mil milhões de euros, à Rússia.

A ideia é emprestar esse valor à Ucrânia já e, quando a Rússia pagar futuras indemnizações de guerra, Kiev as use para pagar esse empréstimo.

Mas, a Bélgica, onde estão congelados esses ativos russos, tem que ter garantias de que se não houver reparações de guerra por parte da Rússia e os ativos tiverem que ser descongelados, os consegue devolver.

Já foi determinado o valor que cada Estado se compromete a garantir no caso de isso acontecer, mas há ainda pormenores a acertar. No caso de Portugal esse valor é de 2,5 mil milhões de euros.

Joaquim Miranda Sarmento diz que Portugal apoia esta solução e que deve haver uma solução em breve para que os 27 continuem a apoiar Kiev.

"Nós precisamos de continuar a apoiar a Ucrânia. A proposta que a comissão apresentou de usar os ativos russos que estão congelados para empréstimos à Ucrânia é uma proposta que o Governo português apoia, do ponto de vista genérico", disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento.

A Comissão Europeia continua a procurar uma solução técnica e o ministro acredita que em breve haverá uma solução para esta situação. A hipótese de avançar com uma dívida comum para conseguir verbas para apoiar a Ucrânia não está fora da mesa e a presidente da Comissão Europeia voltou a referir-se a essa hipótese esta manhã, no Parlamento Europeu.

No entanto, o ministro das Finanças admite que vários Estados-membros não estão em condições orçamentais para poder avançar com esta solução.
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